30 de junho de 2012

Balanço da Época 2011/12 (FUTEBOL)

 CAMPEONATO NACIONAL
2º Lugar

TAÇA DE PORTUGAL
Oitavos-de-Final

TAÇA DA LIGA
VENCEDOR

LIGA DOS CAMPEÕES
Quartos-de-Final


Este campeonato perdurará na nossa memória como um dos mais nojentos a que assistimos. Apesar das nossas falhas (não existem equipas perfeitas), os factores exógenos contribuíram (e de que maneira) para que o campeonato fosse dado/oferecido ao fcp.

Quem treina o fcp, arrisca-se a ser campeão… Desde que continuem a existir Martins dos Santos & Filhos, Calheiros, Donatos, Garridos, Olegários, Proenças, Paixões, Costas, Soares Dias & Filhos, Sousas e afins, o fcp, os vitós pereiras, os bigornas, os polvos, os givanildos, as maçãs podres e as cebolas mal-cheirosas facilmente se “conquistam” títulos atrás de títulos. É uma maneira de se estar na vida, chafurdam na lama e têm orgulho nisso…

Nas competições internas, voltámos a conquistar a Taça da Liga, uma prova que vale o que vale, mas que só ganhará importância no momento em que o fcp ou o scp conseguirem conquistá-la. Na Taça de Potugal fomos justamente eliminados pelo Marítimo que acabou por fazer uma grande temporada. No campeonato, foi a vergonha que se viu, o “sistema” depressa percebeu que o Benfica estava mais forte do que o fcp… O sinal de alerta foi dado quando alguém berrou: “ENTREGUEM AS FAIXAS”! Desde esse momento, fomos alvos de arbitragens vergonhosas que tresandavam a marisco de Matosinhos, fruta e café com leite… Nessa fantochada patética, a comunicação social “avençada” teve um papel preponderante no encobrimento de tudo o que se passava no futebol português… Graças a esse trabalho (merecedor de um “ladrão de ouro”), ficou-se com a ideia de que o Vitó é um grande treinador, como o Proença é um grande árbitro…

Lá fora, o nosso desempenho na Champions foi muito bom, mas ficámos com aquela sensação de que saímos cedo demais. Mas podemos sempre dizer que fomos eliminados pelo Campeão Europeu, apesar de termos sido os mais fortes nos 180 minutos jogados.

Mas não vou perder mais tempo a discutir as vergonhosas arbitragens e devo cingir-me a analisar o nosso desempenho, realçando as falhas por forma a serem colmatadas…


ALGUNS ASPECTOS NEGATIVOS NO PLANTEL:

- Plantel Desequilibrado.
Mais uma vez não tivemos um substituto para o Maxi. Ainda assistimos à “fábula” do lateral esquerdo que se arrastou durante toda a época. Javi também não teve um substituto à altura e a saída do Enzo Pérez não foi devidamente colmatada.

- Ausência de Pressão Alta.
Quando fomos campeões, um dos nossos pontos fortes era a pressão alta exercida pela nossa linha ofensiva sobre a linha defensiva adversária. Actualmente os nossos adversários têm por hábito jogar no nosso meio-campo com relativa facilidade e creio que é essa a razão principal para sofrermos tantos golos. É uma questão matemática… Se o adversário chegar mais vezes à nossa área, mais hipóteses tem de marcar… E marcou muitas (demasiadas) vezes.

- Desaproveitamento do Mercado de Inverno.
Em 2009/10, Airton, Éder Luís e Kardec foram úteis para a conquista do campeonato e na permanência na Liga Europa. Nas épocas seguintes, não soubemos aproveitar esse período para fazer ajustes. Olhando somente para 2011/12, André Almeida e Yannick não trouxeram nada de novo à equipa…

- Quebra Física.
É um dos pontos fracos das equipas treinadas por Jorge Jesus. A falta de rotatividade é por demais evidente e a parte final das temporadas é comprometida pelo défice físico dos jogadores nucleares. O ano passado não foi excepção, foi (mais uma vez) a regra!

ALGUNS ASPECTOS POSITIVOS NO PLANTEL:

- Bons Reforços.
Artur, Garay, Witsel, Bruno César, Nolito e Rodrigo tiveram um impacto muito positivo na nossa equipa.

- Equilíbrio no Meio-Campo.
A entrada do Witsel para o “11” acabou por equilibrar a equipa tal e qual como fazia o Ramires.

- Futebol Ofensivo
Não fomos o rolo compressor de 2009/10, mas fomos sempre uma equipa de ataque, marcando em quase todos os jogos que disputámos.


OS JOGADORES:

1 – ARTUR:
Enorme reforço. Desde o primeiro jogo que notámos uma melhoria na baliza encarnada. Apresenta uma serenidade que tranquiliza os colegas da defesa. Podemos afirmar que o Artur rendeu-nos vários pontos e é isso que queremos num guarda-redes.

Intransferível. Vai ser o dono da nossa baliza durante os próximos anos.

3 – EMERSON:
Não teve um ano fácil. Teve a árdua tarefa de fazer esquecer o Fábio Coentrão e tinha a concorrência de um Campeão do Mundo e Campeão da Europa. Infelizmente as suas prestações foram, na sua maioria, banais ou razoáveis. Louvo-lhe o profissionalismo e entrega, mas falta-lhe o talento para ser titular da nossa equipa.

Transferível.

4 – LUISÃO:
Líder. Formou uma grande dupla com o Garay mas o excesso de jogos realizados causou-lhe alguma quebra física que foi disfarçada com a sua elevada experiência.

É o esteio da defesa e o capitão em campo e não creio que isso mude na próxima época.

5 – RÚBEN AMORIM:
Desilusão. Saiu em conflito com o treinador porque este não o colocava onde ele queria jogar e porque necessitava de ser opção regular com o objectivo de ir ao EURO2012. Acabou por ir para Braga (incompreensível) e por lá ficou a assistir ao EURO2012 (através da televisão).

No Benfica não há lugar para a ingratidão, mas isso não significa que tenhamos de auxiliar o “inimigo” com os nossos activos. Sugiro-lhe uma ida até ao estrangeiro, mas desde que os interesses do SLB sejam salvaguardados.

6 – JAVI GARCIA:
O que se pode dizer do desempenho do Javi durante esta época? A resposta está na chamada à selecção espanhola e consequente utilização. Grande época do “nuestro hermano”!

Intransferível e digno de ser um dos capitães de equipa.

7 – CARDOZO:
Melhor marcador do campeonato. Não lhe peçam para correr atrás da bola como se fosse um Rodrigo, Nélson ou Nolito. Ele é um ponta-de-lança à moda antiga. O seu trabalho é fazer golos e ele fê-los! Mas se ele esforçasse em todos os jogos, como se esforçou em Setúbal (na última jornada), teria mais críticas favoráveis às suas prestações.

Considero-o transferível se o valor rondar os 20M€. O Benfica precisa de fazer um bom encaixe financeiro e o Cardozo poderá proporcionar um bom negócio. Se sair, o Benfica terá de encontrar um jogador titular para o ataque.

8 – BRUNO CÉSAR:
Agradável surpresa. Foi contratado para a zona central do meio-campo (substituto de Aimar) mas acabou por ser “puxado” para o lado direito, muito por causa da ausência de Enzo Pérez. Foi um dos jogadores mais utilizados e marcou golos em alturas importantes. Por vezes “desaparecia” em campo, mas foi um jogador que “cresceu” muito em termos tácticos.

Com a contratação de jogadores para as alas, adivinha-se que o Bruno seja mais utilizado no lugar para o qual foi contratado.

9 – NOLITO:
Foi o jogador que mais impacto teve no primeiro terço da época. Marcou golos atrás de golos, sendo decisivo em muitos jogos. Depois foi utilizado cada vez menos e ainda hoje tento perceber o porquê. Voltou a ser decisivo na parte final da época.

Faz parte do plantel da próxima época.

10 – AIMAR:
Pablito foi, é e será sempre sinónimo de magia. A primeira volta do campeonato mostrou-nos um Aimar ao mais alto nível e provavelmente assistimos às melhores exibições desde que chegou ao Benfica. Infelizmente, quebrou fisicamente (como quase toda a equipa) na segunda metade da época e a equipa perdeu alguma beleza no seu futebol ofensivo.

Em princípio a próxima época será a última do Pablito a envergar o Manto Sagrado. Vai deixar muitas saudades…

11 – JARA:
Tão depressa foi titular, como de seguida foi despachado para o Granada. O excesso de estrangeiros no plantel, sobretudo para as competições europeias, foram determinantes para esta decisão.

Não creio que ele seja suficiente bom para o Benfica. Talvez um novo empréstimo me faça mudar de opinião.

12 – YANNICK:
Só compreendo a sua contratação pelo simples facto de ser uma boa oportunidade de negócio. A longa paragem prejudicou-o e os maus vícios vindo do outro lado da segunda circular têm de desaparecer para se ser uma opção válida.

A pré-época vai determinar a sua importância neste plantel, mas suponho que o treinador conte com ele.

14 – MAXI PEREIRA:
Foi dono e senhor (mais uma vez) do lado direito da defesa, muito por culpa das suas inquestionáveis qualidades, como também por falta de alternativas. Fez uma grande época, sobretudo na Champions em que foi um dos melhores laterais direitos da competição.

Vai ser titular, mas é imperativo que exista uma alternativa ao uruguaio. Não existem pulmões que aguentem tanto desgaste…

16 – NÉLSON OLIVEIRA:
Foi uma época em crescendo e isso levou-o ao EURO2012. Não teve o mesmo brilhantismo que teve o Rodrigo e isso custou-lhe minutos de jogo.

Vai fazer parte do plantel e acredito que vá ter mais oportunidades, mas tem de as justificar com melhores exibições.

19 – RODRIGO:
Revelação da época. Aproveitou bem as oportunidades que lhe foram dadas, relegando o Saviola para o banco. Infelizmente a lesão sofrida frente ao Zenit fez com que perdesse algum fulgor que se prolongou perto do final da época.

A próxima época vai ser a da afirmação para o Rodrigo. Acredito nas suas capacidades e certamente aparecerá muitas vezes no onze titular.

20 – NICO GAITÁN:
Época bipolar. Fez uma primeira volta ao mais alto nível e uma segunda volta bastante irregular que culminou na ausência nos convocados. Quando mais precisávamos do Nico foi quando ele menos correspondeu às expectativas.

Pela sua postura no final da época, adivinha-se que já tenha tudo acertado para sair e que nos vai permitir um bom encaixe financeiro. Boa sorte.

21 – MATIC:
Demonstrou que o seu lugar é na posição “8” num 4x3x3, mas o seu problema é que o Benfica não joga nessa táctica. Jorge Jesus insiste fazer dele um médio-defensivo à imagem de Javi Garcia, mas sem sucesso. Não basta ser alto para se ser um bom “trinco”. Matic mostrou bons pormenores quando tinha de desempenhar funções mais ofensivas que defensivas.

Reconheço-lhe alguma utilidade.

22 – RODRIGO MORA:
Ficou sem jogar durante 6 meses para que fosse possível transferir-se para o Benfica. Imagino o quanto deve estar arrependido. Mostrou um ou outro bom pormenor, mas acabou por voltar ao seu país por empréstimo.

Jogadores sul-americanos que são contratados e posteriormente são recambiados de volta (por empréstimo), já não voltam a envergar a nossa camisola. Duvido que o Mora seja a excepção.

24 – GARAY:
Jogador do ano. Quando fiz o balanço a meio desta época, escolhi o argentino como a grande contratação e o resto da época veio fortalecer essa minha escolha. Com ele na equipa, já não é preciso suspirar pelo David Luíz, ao mesmo tempo que me deixa preocupado se não podermos contar com ele… Voltou a ser opção na sua selecção.

Espero que não seja transferido e desejo que o Benfica adquira a restante percentagem do seu passe.

27 – MIGUEL VITOR:
Mais uma época perdida. Teve uma pequena oportunidade para se impor, mas uma lesão afastou-o das opções. Enquanto Jorge Jesus estiver no Benfica, duvido que o Miguel tenha muitas oportunidades para jogar. É o problema de não se ter (pelo menos) 1,90m.

A sua utilidade é por demais evidente, mas duvido que o Miguel queira ficar e que Jorge Jesus o queira também.

28 – WITSEL:
Um dos melhores da época. Quando quebrou fisicamente, o meio-campo quebrou em solidariedade com ele… Ele conseguiu trazer equilíbrio à equipa como trouxe Ramires num passado recente. Com Witsel em campo, o Benfica parecia que jogava em superioridade numérica e isso foi essencial já que na maioria das vezes jogámos contra 14!

Só aceito a sua transferência por valores acima dos 30M€.

30 – SAVIOLA:
Podia ter sido mais utilizado? Se tivermos em conta o final de época em que os jogadores mais utilizados estavam a quebrar fisicamente, a resposta é SIM. Mas se analisarmos as exibições que nos brindou no início da temporada, a resposta é NÃO. O Saviola é um profissional dedicado mas o seu tempo no SLB está a terminar (ou já devia ter terminado).

Transferível.

33 – JARDEL:
Foi a primeira escolha para substituir o Luisão ou o Garay. Na grande maioria das vezes até esteve bem, mas são as suas hesitações nos momentos fulcrais de um jogo que o impedem de se tornar numa opção segura.

Continua a ser útil, mas se aparecer uma proposta interessante, devemos considerar a sua saída.

34 – ANDRÉ ALMEIDA:
Fez a pré-época a lateral direito, mas acabou por ser enviado para Leiria e tornou-se titular indiscutível no meio-campo. Regressou à Luz para ser alternativa ao Maxi e depressa demonstrou que não tem qualidade para essa função.

Em principio deverá ser emprestado, mas até pode ficar no plantel principal rodando com a equipa “B”.

35 – ENZO PÉREZ:
Erro de casting. Desconheço os seus atributos técnicos, mas psicologicamente já todos percebemos o que ele vale = ZERO.

Duvido que o seu futuro passe pela permanência no plantel principal. E mesmo que fique, os adeptos não vão estar ao seu lado.

36 – LUÍS MARTINS:
Jogou alguns minutos, mas não vi nele qualidades para conquistar um lugar na equipa principal e sobretudo a lateral esquerdo. Vejo-o mais como médio do que defesa.

Vai fazer-lhe bem uma época na equipa “B” e no final logo se confirma se estou certo ou errado.

37 – RÚBEN PINTO:
Podiam ter-lhe dado 1 minuto de jogo. Espero que a sua não-utilização não sirva de desincentivo aos jogadores que estão nas camadas jovens.

Vai para a equipa "B".

38 – CAPDEVILA:
Chegou tarde ao clube e tarde se impôs. Mais um bocadinho e a época terminava, sem ele ter tido a capacidade de conquistar o lugar ao Emerson. Agora fica a dúvida da sua pouca utilização, se a responsabilidade foi do jogador ou do treinador. Eu só sei que durante uma época inteira não tivemos um lateral esquerdo de qualidade reconhecida.

Não faz sentido a sua manutenção no plantel.

39 – MIKA:
Um ano perdido para o melhor guarda-redes do último Mundial de Sub-20. Acho que merecia ter jogado uns minutos, nem que fosse no último jogo do campeonato.

Em princípio será o guarda-redes titular, mas da equipa “B”.

47 – EDUARDO:
Chegou por empréstimo e lutou pela titularidade frente ao Artur. Lutou e perdeu. Mas não foi por ter jogado pouco que deixou a titularidade na selecção. Isso aconteceu no momento em que assinou pelo SLB.

Via com bons olhos a sua permanência, mas a recente contratação de Paulo Lopes indica-nos que o seu futuro não passará pelo Benfica. Boa sorte.


O TREINADOR:
Eu não desgosto de Jorge Jesus, mas quando se afirma que o plantel dá todas as garantias para conquistar os objectivos definidos e depois só se conquista uma Taça da Liga, a seriedade obrigava-o a colocar o seu lugar à disposição. Louvava-lhe se o tivesse feito, mas preferiu refugiar-se numa entrevista a um pasquim. Incompreensível.

Jorge Jesus é um bom treinador, mas continua a cometer os mesmos erros e isso impede-o de se tornar num treinador excepcional. Penso que 2012/13 seja a sua última época na Luz, mas veremos se consegue chegar ao fim da mesma. Eu desejo que sim…


O PRESIDENTE:
Luís Filipe Vieira não pode ser responsabilizado por tudo e mais alguma coisa. Quando o Benfica perde pontos, porque a defesa falhou, ou o guarda-redes frangou, ou o avançado falhou um golo de baliza aberta, a culpa não pode recair sobre quem não está no relvado.

Mas, então qual é o papel do Presidente durante a época futebolística?

Tem de saber “mexer-se” nos bastidores e lutar contra as forças obscuras que tomam conta do futebol português. E foi neste capítulo, que é da sua inteira responsabilidade, que falhou em grande escala! Remeteu-se ao silêncio, quando se exigia ouvir uma voz forte que denunciasse o assalto que todos nós assistíamos. Apoiou inequivocamente quem nunca podia ter apoiado. E quem comete este tipo de erros, sabe o que tem de haver a seguir… Disponibilizava-se a abandonar o cargo… Tal como Jorge Jesus, não teve coragem para o fazer…


OS ADEPTOS:
Mais uma vez, os adeptos foram a grande força impulsionadora que nunca abandonou a equipa. E se existe uma cultura de exigência no clube, essa vem exclusivamente dos adeptos benfiquistas. Pode-se criticar os assobios, os insultos, etc… Mas estamos no Benfica e se um jogador não aguenta o peso do Manto Sagrado ou se é sensível ao assobio e à critica destrutiva, então que não venha jogar para o SLB!

Mais uma vez, foram os benfiquistas a encher os bolsos aos clubes pequenos deste campeonato, mesmo aqueles que são vassalos do “sistema”.

Neste quadro podem comparar os preços praticados pelos pequenos clubes quando são visitados pelo SLB, fcp e scp:



A chularia não pára!


A PRÓXIMA ÉPOCA:

- Equipas "B".
Em Espanha fazem o mesmo e os bons exemplos devem ser seguidos.

- Empréstimo de Jogadores.
Parece que não vai ser possível emprestar jogadores a clubes da mesma divisão. Gostava de ter visto o Benfica a apoiar esta iniciativa.

- Política de Comunicação:
Se for idêntica aquela que temos vindo a assistir relativamente ao final de época das modalidades amadoras, então estaremos bom caminho. CONFRONTAÇÃO SEMPRE!

- Principal Objectivo.
CONQUISTAR O CAMPEONATO NACIONAL!

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