2 de agosto de 2010

Glórias do Glorioso

Porque muitos benfiquistas apenas conhecem a história mais recente do nosso Benfica, eu arrisco abrir aqui uma nova vertente deste blog (que espero que seja seguida pelos outros membros) que é referente às antigas glórias que fizeram a história incomensurável deste clube que tem uma história inolvidável e que muitas vezes foi escrita por pessoas das quais muitos nós nos esquecemos mas que nunca é demais relembrar...

Começo por Fernando Cruz, cujo historial e palmarés é algo de que nem Zidane, Ronaldo, Figo ou outros, ultimamente muito aplaudidos se podem orgulhar...

Aparentemente desconhecidos mas para nós sempre heróis!!!

Viva os nossos heróis!

Fernando Cruz

Fernando da Conceição Cruz, nasceu em Lisboa em 12 de Outubro de 1940. Representou o Sport Lisboa e Benfica como Defesa durante 11 épocas (1959/1970), tendo alinhado em 346 jogos, marcando 1 golo. Foi 8 vezes Campeonato Nacional, venceu 3 Taças de Portugal e 2 Taça dos Campeões Europeus. Foi 11 vezes Internacional. Era mais do que aspirar ao céu como limite, era chegar lá. Foi a sensação de Cruz, no inolvidável Maio de 61, arrebatada estava a primeira final da Taça do Clubes Campeões da Europa. Para quem havia nascido no bairro da Liberdade, na Lisboa popular e gaiata, era como vestir pele aristocrática, que o feito assumia foros de retumbância. Ainda não estava um homem feito quando chegou ao Benfica. Contava 16 anos de ilusão, com o perfume da liberdade do bairro e o capital de experiência dos jogos de rua ou dos baldios por imposição juvenil e desafio ás autoridades.

Aos 20 anos, Cruz tinha já nome certo nas fichas oficiais dos mais apetecidos embates. Para logo comemorar o primeiro titulo nacional, como Bélla Guttmann, acabado de chegar das Antas, na temporada 59/60.

Percorreu toda a Europa, ao longo dos anos, segurando de forma competente o manto vermelho de diáspora benfiquista. Jogou cinco finais dos Campeões, privilégio só partilhado por Coluna e José Augusto. E também por poucos, muitos poucos representantes de outras formações, ao longo do historial da prova fantástica.

Atingiu o zénite nas duas primeiras tentativas, sentiu a desilusão nas últimas três. A nível domestico, Cruz venceu oito Nacionais, em 11 épocas de Benfica. Mais três Taças de Portugal. Foi o defesa-esquerdo da irrepetível década de 60. Na sombra do sportinguista Hilário, ainda vestiu por 11 vezes a camisola da Selecção, com direito a ingresso no Mundial de 66. Numa equipa tecnicamente desenvolta, Fernando Cruz não se deixou subestimar.
Defesa não era sinónimo de menoridade. “O Cruz, em termos técnicos, era um jogador evoluído”, sentencia Eusébio. Evoluído e firme, mas também cerebral. Fez antecâmara do lateral moderno, que emergiu, num novo e mais ousado dispositivo táctico, no início dos anos 70.

Fonte: http://www.bairrodaliberdade.com/fernando_cruz.html

1 comentário:

  1. 1 ideia excelente!
    Nos "intervalos" de todas as participações benfiquistas nas mais diversas modalidades, eis um bom tema para colocar no blogue, no lugar de artigos relacionados com clubes que a ver com o Glorioso só têm mesmo a inveja.
    Parabéns!

    ResponderEliminar